QUEM ESTEVE "NO PIOR E NO PóDIO" DE PORTUGAL FRENTE à ESLOVéNIA?

O comentador da SIC João Rosado analisa e avalia as prestações dos jogadores da Seleção Nacional na vitória suada frente à Eslovénia. Quem foram os melhores e os piores?

NO PIOR

Cristiano Ronaldo (5)

Podia estar o tempo todo a jogar na bolsa de Frankfurt que era dinheiro atirado para a rua. Nem os tempos de salto para o cabeceamento, nem os passes para os colegas, tão pouco os livres diretos saíram bem. Os livres em corredor central ou... mais descaídos para os flancos. Até daí (nas laterais) CR7 quis dar um pontapé feroz na adversidade mas as luvas de Oblak mostraram uma segurança que nem um penálti (105’) desfez. Quer dizer, um primeiro penálti. No desempate, a História fez as pazes com o capitão.

Bruno Fernandes (5)

Quando aos 65’ Roberto Martínez quebrou o guião e retirou Vitinha, fazendo Bruno baixar um pouco mais, pareciam estar reunidas as condições para o capitão do United finalmente “surgir” no jogo. Pura ilusão. Nem perto do ponta-de-lança nem perto do trinco se viu um Bruno Fernandes à altura do que é e... do que prometeu logo aos 4’, momento em que executou um cruzamento primoroso, solicitando a entrada de rompante de Rafael Leão no segundo poste. Vá lá, no desempate, não falhou o seu penálti, deixando Oblak pregado a meio da baliza.

Bernardo Silva (5)

Uma exibição tirada a papel químico da protagonizada por Bruno Fernandes. Ainda não estava esgotado o primeiro quarto-de-hora (concretamente aos 13’) e já o pé esquerdo de Bernardo levantava com conta, peso e medida uma bola para a cabeça de Cristiano e do próprio Bruno. Ambos falharam a solicitação do 10 e parece que a jogada levou o ala direito para uma zona cinzenta, de onde raramente saiu. Aos 47’, após grande lance de Cancelo, o citizen podia ter rematado melhor e só no desempate por penáltis mostrou a sua classe.

E NO PÓDIO

Diogo Costa (10)

A exibição que vai ficar na memória de várias gerações começou logo aos 68’, quando se fez de líbero (corte de cabeça) e se antecipou ao isolado Sesko. Aos 115’, outra vez perante o dianteiro do Leipzig e na sequência de erro inacreditável de Pepe, Diogo esticou o pé esquerdo e fez a defesa que virou o universo para o lado português. No desempate por penáltis, o conto de fadas teve mais três páginas esplendorosas, com o guardião portista a deter os pontapés de Ilicic, Balkovec e Verbic. O muro de Frankfurt não revelou uma única brecha.

Rafael Leão (8)

Os elogios de véspera de Roberto Martínez foram plenamente justificados dentro de campo. Logo aos 4’ podia ter marcado junto do segundo poste e quatro minutos depois ofereceu a Cristiano uma bela ocasião. Imparável do ponto de vista físico, conseguiu antes do intervalo amarelar Drkusic (32’) e Karnicnik (37’) e ainda teve forças para oferecer a Palhinha (aos 45’ + 2’) um... remate ao poste. A transpirar confiança por todos os poros, a segunda parte já não foi de Leão, é um facto, mas acabou injustificadamente por dar lugar a Conceição (76’).

Nuno Mendes (8)

Aos 39’ festejou como se tivesse acabado de marcar um corte preciosíssimo na cara do seu velho conhecido Sporar. O antigo avançado do Sporting (colega de Nuno em Alvalade) e do Braga preparava-se para bater Diogo Costa quando o lateral enviou a bola para canto. Posicionado muitas vezes como central sobre a esquerda na primeira zona de construção, o parisiense, quando se encostou na linha, formou com Rafael Leão um corredor esquerdo vulcânico. Aos 31’ fez um lançamento primoroso para Bruno Fernandes que não merecia a escorregadela do n.º8. Do ponto de vista físico, fez uma segunda parte exemplar.

2024-07-01T22:49:29Z dg43tfdfdgfd